quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Aprendizados

Dia desses, chegando com minha menininha à creche, a coloquei no colo para que ela tocasse a campainha.
Procuro, sempre que posso e/ou lembro, não fazer por ela as pequenas coisas que ela pode fazer sozinha.
Ela me disse que eu mesmo tocasse a campainha. Respondi-lhe que não sabia como. Só ela sabia tocar a campainha. Ela parecia decidida a resolver aquele problema de uma vez por todas. Se ofereceu a me ensinar a tocar a tal da campainha. Pegou meu dedo com as duas mãos e com ele pressionou o botão da campainha.
- Viu? Você também sabe tocar! - disse-me, triunfante. E ofereceu a palma da mão para um "toca aqui" festivo. Faço isso sempre com ela. Quando consegue fazer alguma coisa nova ou especial, ofereço a mão espalmada a ela para um "toca aqui" em comemoração ao seu novo feito.
Aprendi que ensinei a minha filha a ensinar. Ou, pelo menos, que chateio ela o bastante para que ela procure mudar o que existe e não a satisfaz. Nesse caso, eu e minha ignorância das campainhas desse mundo!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Meu, sifu!

Também eu, como a imprensa de direita (redundância óbvia que só se justifica pelo estilo inculto daquele que a utiliza), fiquei chocado e furioso com a fala do presidente transcrita no título.
Não a achei deselegante nem chula, ao contrário do que foi mais enfatizado na cobertura do caso. Mas isso pode ser visto como normal. Afinal, ao menos por hipótese, a imprensa não assume a defesa dos grossos. E, como grosso assumido, acho a contração "sifu" até meio cândida. Minha opção teria sido pela expressão na sua versão completa que além de mais forte tem a vantagem de já ser devidamente reconhecida como parte do léxico. E, além do mais, sou um conservador. Limito a doses homeopáticas meu uso de neologismos.
A responsabilidade pelo entendimento do discurso é de quem o profere e não de quem o recebe. Do bom orador pode-se conhecer a platéia sem vê-la apenas atentando para o que e, principalmente, como comunica. O presidente, com o uso da expressão popular, deixa claro para quem fala, com quem se comunica. Há quem qualifique o contato não mediado entre comandante e comandados como uma característica do populismo. Não vejo mal nenhum nesse ponto em si mesmo. O que seria um problema é se ao tentar o contato direto com seus comandados o comandante estivesse procurando escamotear a agenda que verdadeiramente trata de implementar. Não acho que esse seja o caso do nosso presidente. Mas esse é tema para outros fóruns.
O que me aviltou foi o vocativo. Ao usar gíria tão caricatamente regional, o mais alto mandatário, que é muito bom de oratória, deixa claro para quem fala. E, se estou correto em não considerá-lo populista, deixa também claro para quem governa. Isso sim me causou revolta. Da raiva passei rapidamente a frustração e de lá a comiseração. É isso aí, companheiros. Quem mora do outro lado da Dutra (da Fernão Dias, da Régis Bittencourt, da Anhangüera, etc) sifu...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O mundo é cor de rosa (mas tem um creminho que acaba com a irritação)

Trabalho cercado de mulheres. Até algum tempo atrás ainda havia um colega que ajudava a manter os níveis de testosterona do escritório em patamares considerados normais. Mas como o mundo é mesmo muito estranho e considerando sua obsessão ao erro, à imperfeição e ao descaminho, a idade de ouro chegou para meu colega. Aposentou-se. Desde então enfrento sozinho entre elas a faina diária. Venho cumprindo minhas obrigações a contento, obrigado. O cotidiano, sem grandes sobressaltos, dos procedimentos sob a nossa responsabilidade testemunha a meu favor.
Antes que o alarme “misógino” ressoe entre os leitores mais sensíveis, ou “bichona” entre os menos familiarizados às normas cultas do vernáculo, faço questão de dizer que em toda minha vida profissional durante apenas alguns meses, de triste lembrança, não tive pelo menos uma mulher nos níveis hierárquicos acima do meu. Ou seja, minhas melhores e mais ricas experiências profissionais foram vividas sob o comando gentil e decidido que as mulheres sabem exercer muito bem.
Feito o elogio, abaixo as calçolinhas. É fato bastante conhecido, o que dispensa apresentações mais elaboradas, que ambientes onde os níveis de progesterona excedem não primam pelo método, pela ordem e, principalmente, pela criteriosa observação de prazos e limites. Não me consta que grandes descobertas científicas, brilhantes peças de literatura ou de oratória ou mesmo os cálculos eficientes de estruturação de qualquer obra de arte do engenho humano tenham sido concebidos e/ou desenvolvidos, enquanto se lia o exemplar de março de 2003 da Caras e falava-se mal da vida alheia, num salão de beleza.
É claro que ambientes predominantemente femininos tendem a ser mais arrumados, limpos e aprazíveis do que os ambientes hiper-masculinos. Compare-se, por exemplo, uma academia de jiu-jitsu e a sala da casa da avó. Mas é muito mais provável que a aula de jiu-jitsu vai começar na hora do que você chegar a tempo de pegar a sessão das 7, tendo tomado chá da tarde com a vovó.
Fui do escritório à academia e de lá à casa da vovó para só então voltar ao escritório e descortinar o que me motivou a escrever estas linhas. É que recentemente se incorporou à equipe em que trabalho uma jovem senhora, dois filhos adolescentes, que fez transbordar os níveis de progesterona locais. Não pára de falar um instante, com os outros, ao telefone, sozinha. Não pára. Simplesmente não pára. Se um incauto cair na besteira de deixá-la estabelecer contato visual é certo que ela vai enredá-lo numa conversa, mais um monólogo, sobre qualquer coisa desde as desventuras atuais do clima aos eventos musicais do fim-de-semana passando pela marca preferida de ração de gato e a pensão paga pelo ex aos seus filhos. Na verdade, como a matraca fala até sozinha, mesmo que não se atreva a cruzar os olhos com ela, é arriscado se muito próximo estiver ser arrastado para uma das suas “conversas”. É tanto e tão grave o negócio que eu, logo eu, ganhei fama de calado, obviamente por comparação.
Joguei a toalha. Nessas circunstâncias não me é mais possível manter o nível de testosterona sozinho. Para neutralizar a matraca é preciso uma intervenção das forças de operações especiais. Meia dúzia de soldados bem armados talvez tragam de volta a paz e a ordem que esse escritório perdeu. Nesse meio tempo, enquanto a ONU não vem, nada sai dessa sala no prazo. A menos que deixemos os processos habituais de lado e passemos a atividades mais condizentes com os recursos abundantes no momento. Já avisei a chefe. A única atribuição que aceito nas nossas novas funções é de fiscal de qualidade do setor de depilação. E que não me venham com buço. Eu só cuido das virilhas cavadas e das laterais anais. Se a freguesa quiser, a sopradinha sai de graça.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Bêbados

Somos atraídos por situações limites. Acidentes, desastres, paixões suicidas, esse tipo de coisa. A disrupção da ordem, sobretudo a mais flagrante e, por isso mesmo mais traumática, nos chama a atenção. Até aí, nada demais. Afinal, o que rompe o padrão é o que atrai o olhar.
Os limites da compreensão são particularmente atraentes. Num mundo que nos cerca e oprime com os excessos de racionalização e, conseqüentemente, nos choca e diverte com rompantes periódicos de irracionalidade, busca-se, em alguns casos com dedicação quase exclusiva, alcançar estados alterados de consciência que supostamente revelariam verdades profundas sobre tudo. Desde a cura da unha encravada até os caminhos para a paz mundial.
Recentemente dois eventos puseram-me a pensar.
Ontem, ao volante em regresso das atividades do dia, eis que atravessa a rua alguns poucos metros a minha frente, uma jovem senhora completamente embebedada. Sua aparência desgrenhada e o local onde se encontrava, à porta de um boteco bem pé-sujo, dava pista sobre a freqüência em que se conduzia àquele estado. Era uma profissional.
Embora conduzisse embalado, que é a única forma do possante concordar em subir ladeira, a própria subida facilitou a freada. Sem trauma, parei ao pé da ébria senhora. Apesar do seu estado, onde quer que estivesse não estava propriamente ali, a senhora parou no meio da rua, ergueu altiva as duas mãos e, com o olhar perdido dos bêbados, ainda que o susto lhe transparecesse, comandou a freada. Uma vez parado, acompanhei o término triunfante da sua travessia: com uma dignidade comovente, ainda que traída pelo passo oscilante, moveu-se lentamente até a calçada, como que saboreando o momento. Manteve o passo lento e gingado depois de pôr-se a salvo do trânsito. Ainda saboreava sua vitória ou o chão continuava instável sobre seus pés.
Hoje pela manhã, noutra parte da cidade, vi cena semelhante. Um senhor, bem mais velho que a senhora de ontem, já se encontrava cambaleante antes das dez da manhã. Sem dúvida, profissional. Trôpego, vencia a distância entre um boteco e outro, quando aproveitou o embalo do seu mais recente tropeço e engatou um sambinha. Completo: a batucada com as mãos, o sorriso no rosto e o samba nos pés. Tudo isso coroado por uma cantoria enrolada na sua língua de bêbado. Estava feliz. E alegrou o meu dia.
Percebi a ambos porque seus estados os destacavam. Como seria se esse não fosse o caso? Se o normal e o alterado trocassem de lugar?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Como lidar? Lição nº 3: o medo

Ao escrever essas lições tive uma epifania.
Estava pensando sobre os porquês de nós os grosseiros ensejarmos tanto temor nos corações dos cidadãos de bem. Afinal, somos ranzinzas, desagradáveis e, por vezes, causadores de constrangimento para nós e, principalmente, para nossas companhias. Mas somos também inteligentes, divertidos, irônicos, capazes de auto-crítica, conversamos sobre qualquer assunto e somos até razoavelmente bem-humorados. Afora um ou outro constrangimento eventual e a neurastenia de hábito, o que haveria de tão cáustico em nós que nos transformaria em indivíduos marcados, personas non-gratas, indesejáveis, verdadeiros párias?
Subitamente ocorreu-me num lampejo uma gradessíssima verdade: os cidadãos de bem modernos morrem de medo de nós, os difíceis de lidar, como os antepassados remotos deles morriam de medo dos antigos oráculos. É um tabu. Não se pode olhar nos olhos de quem conhece e revela a verdade. Eis o problema. Imersos em idiossincrasias, como todo mundo é bom que se diga, os cidadãos de bem têm uma relação problemática e cheia de conflito com todos aqueles que são capazes de colocar em cheque, de expor-lhes os pés de barro, as vilezas, os pequenos detalhes mais comezinhos de suas existências.
É claro que ninguém gosta de ser lembrado dos seus problemas. E também é necessário que fique entendido que o umbigo é a grande massa que controla nosso sistema de gravitação moral nos tempos atuais. E isso vale para bons e maus cidadãos. O que nos diferencia dos cidadãos de bem não é que vemos melhor nossos pés de barro. Somos todos igualmente míopes nesse pormenor. A diferença é que nós, os grossos, falamos desse assunto com menos pudor. Pudor, como é sabido, não é o nosso ponto forte.
Surge daí o conflito, o medo e o preconceito. Nós, os grossos, somos para os cidadãos normais um grupo que os enche de dúvidas. Nunca se sabe quando um grosso vai dar com a língua nos dentes e lembrar um cidadão de bem de alguma cagada que ele porventura tenha feito. E como todos as fazemos aos borbotões, todo mundo tem um rabo preso, ou solto, por aí para ser cantado em prosa e verso.
Eis aí porque, idealmente, os grossos devem ser evitados no convívio social. Porque suas opiniões usualmente expostas em espasmos verborrágicos são temidas e, por isso mesmo, respeitadas entre os cidadãos de bem.
Somos como que super-egos coletivos com tendências tirânicas, cruéis e escatológicas. Alertamos os desavisados e esquecidos daquilo que ainda há em todos nós de essencialmente humano e que os bons costumes tentam negar. Todos nós fazemos merda. Também fazemos arte, poesia e amor mas fazemos mais merda do que qualquer outra coisa.
Nós, os grossos, sabemos e lembramos disso. Os cidadãos de bem também sabem mas gostariam de esquecer. Por isso somos um grupo marcado. Temem nossa opinião, nosso juízo. Não deviam. Afinal, o mau juízo pode ser nosso mas o excesso de zelo, esse é deles. Zelo também não é o nosso forte.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Como lidar? Lição nº 2: discorde sob sua própria conta e risco

Aprendemos na lição passada que os sem-educação têm opiniões como todo mundo. O que os diferencia dos demais são as formas bizarras, extremas e, na maioria das vezes, escatológicas que escolhem para expô-las e defendê-las. Aprendemos também que os sem-educação têm cu também como todo mundo. A diferença aí é que a maioria educada finge que não tem enquanto os sem-educação não se importam de reconhecer e debater sua existência. Além disso, prezando e reconhecendo seus respectivos fiofós, procuram defender veementemente sua integridade, na maioria das vezes, de forma considerada inadeqüada pela maioria educada.
Debater e confrontar opiniões não é mal visto entre os grossos e difíceis de lidar como pode parecer a primeira vista. A população educada tem horror a contrariar os sem-educação. O que sempre representa um problema, quase nunca para os sem-educação, é claro. A dificuldade reside no discurso relativista da maioria educada. Ao contrário do que propõe o relativismo metodológico, não é porque todo mundo tem opinião (e cu!) que todas as opiniões são iguais. Raciocínio equivalente aplica-se aos fiofós, por suposto. Há cú e opinião de todo o tipo e para todos os gostos.
O que diferencia os grossos e difíceis de lidar nesse particular é que, em sua maioria, são sujeitos mais preocupados e, definitivamente menos complacentes, que a maioria educada. A maioria educada contempla, aceita e/ou conforma-se placidamente com o conjunto de suas idéias e, conseqüentemente, com o destino, visto como em grande medida inevitável, dos seus cus. Por sua vez, os sem-educação, grossos e difíceis de lidar pensam, refletem, revisam e, por vezes, rebelam-se contra as opiniões mais aceitas e, principalmente, contra os que pretendem bulir com a integridade virginal dos seus fiofós. O ditado "quem tem cu, tem medo." foi criado por um grosso e aplica-se, principalmente, a essa minoria mal vista da população. Posto que a maioria educada pode até temer mas, na maioria da vezes, resigna-se com a perspectiva do empalamento.
Discordar de um sem-educação é, portanto, até desejável na nossa perspectiva grosseira e sem modos. Opiniões diferentes são oportunidades extras para revisar, analisar, conferir e testar nossas próprias opiniões. É certo que quase sempre tal processo resulta na reafirmação das nossas opiniões iniciais. Mas também é comum que, em vista de novas informações e perspectivas, reconsideremos nossos pontos de vista. Procurando sempre manter a coerência, é claro, já que, como foi visto na lição passada, opinião a gente troca. O cu, não.
Aproveito para advertir os cidadãos educados e de bem que, ao discordar de um sem-educação, você estará, como sempre, sob sua própria conta e risco. Assim como não se deve atravessar a rua sem olhar para os dois lados não se deve entrar numa discussão com grossos de qualquer estirpe sem ter pensado ao menos um punhado de vezes nas opiniões que pretendem defender e nas implicações delas. Principalmente para a integridade das pregas dos envolvidos no debate.
Lembrem-se sempre que os que são chamados de grossos e difíceis de lidar costumam elocubrar constantemente e, com isso, têm mais chance de já ter pensado de antemão nas tais implicações. Lembrem-se, também, que os grosseirões e difíceis de lidar não flanam pela vida afora, como os bem-educados, sem muito considerar a coerência de suas posições, assim como, as melhores alternativas para resguardar e manter a integridade de suas pregas.
Por fim, cabe destacar que recursos da linguagem pouco amistosos e, por isso, subutilizados por cidadãos de bem são de uso comum entre os grossos, como a ironia. Não reclame se, ao discutir com um grosso, tomar uma piada suja, uma imagem escatológica ou mesmo um insulto de baixíssimo calão na testa sobre os olhos. Pode-se cair de quatro e ralar o joelhinho.
Na próxima e última lição, analisaremos a provável origem do temor que nós inspiramos nos cidadãos de bem e que resulta na nossa imagem de proscritos no mundo moderno e politicamente correto.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Como lidar? Lição nº 1: os parachoques de caminhão.

Há muito me perguntam: "Como lidar com um sujeito difícil como você?"
Pensando bem, nunca me perguntaram isso. É menos uma pergunta do que uma afirmação. O comentário é sempre uma ou outra variante do que segue: "Você é uma pessoa difícil!". "Grosso!" também é muito usado. Se bem que esse último pode ter mais de uma implicação. "Babaca!" é igualmente bem cotado, além de menos sujeito a duplo sentido.
Partindo-se do princípio que são todos sempre bem empregados, atendidas às normas cultas da língua e os ditames morais mais empedernidos, pode-se corretamente presumir que faço parte de um grupo seleto de sujeitos benquistos, produtivos, amáveis, solícitos e sempre prontos a ajudar o próximo, a executar boas-ações, a freqüentar pacientemente filas de todo o tipo e a ouvir calmamente todos gerúndios dos atendentes de telemarketing. Ou seja, sou da tribo dos sem-educação. Aquela que abriga em suas hostes os motoristas de taxi, os que riem alto em público, criam e falam repedidamente novas expressões idiomáticas de baixíssimo calão e, ocasionalmente, lançam perdigotos nos rostos alheios.
Somos essencialmente uma tribo de pobres. Mas também há os que ascendem socialmente, formando a tribo dos novos-ricos barraqueiros. A principal diferença entre estes e os ricos tradicionais é que nós, os barraqueiros, não fazemos a cara séria e compenetrada dos ricos quando peidamos no elevador. Ficamos inútil e infantilmente segurando o riso.
Minha mãe sempre dizia para eu tomar modos de gente para casar com uma cadela. Como nunca tive vocação para bestialismos, a não ser o de assistir ao JN, tratei de seguir-lhe o conselho o que me rendeu uma boa esposa e a inabilidade ímpar de me relacionar socialmente.
Vivi, todos esses anos, procurando entender o por quê nasci e criei-me assim tão estúpido. Encontrando várias razões, resolvi juntar-me aos bons, completando o coro. Reconheço, batendo no peito e cuspindo no chão, é mesmo um grosso esse que ocupa a interface entre a cadeira e o teclado de onde brotam essas rancorosas linhas. Mas como opinião e cu, cada um tem os seus, sigo defendendo as minhas, e, principalmente, o meu. Já que opinião a gente muda, o cu, não.
Quem se ofende com o texto, o peido e/ou o cu, junte-se aos néscios que unanimemente gritamos: "Grosso!", "Grosso!", "Grosso!"